E aí, Bugado ou Bugada! Tem muitas coisas que ouvimos por aí que teoricamente dizem “como a mente funciona”. Muitas vezes, são coerentes, mas, será que são verdadeiras?
No artigo de hoje, você passará por algumas “verdades” que foram criadas com o tempo. Só que, na verdade, são mitos. Mitos que, de tão falados, acabaram sendo tidos como realidade.
Para cada um dos mitos, você também verá como o Frames de Decisão pode ajudar a descontruí-los.
Então, vamos lá!
Mito 1: Somos Seres Puramente Racionais
Dizem por aí que a diferença entre humanos e outros animais é que humanos são racionais. Bom, esse é o mito.
Gostamos de acreditar que somos seres evoluídos, soberanos. Mesmo que você tenha emoções, pode acreditar que é capaz de tomar decisões apesar delas.
É como se, apesar de tudo, pudéssemos isolar os sentimentos e influências. E, então, tomar decisões usando apenas a racionalidade. Ou seja: com base na lógica e no pensamento crítico.
Na verdade, nosso processo de tomada de decisão é muito mais complexo e multifacetado do que a simples aplicação da lógica. E as emoções têm um impacto muito grande.
Um spoiler de próximos artigos (e pra quem fizer o curso de Frames de Decisão): na realidade, você usa a sua lógica para justificar o que você sente! É meio que o contrário!
O Frames de Decisão e a Crença na Racionalidade
Aqui entra um elemento crucial do Frames de Decisão: o Processamento Implícito.
Segundo o Framework, você toma decisões com base em tudo o que tem contato. Pode ser o que você conhece e o que te disseram. Mas, também pode ser uma emoção ou sensação.
Vamos a um exemplo: você deve imaginar que juizes são seres altamente racionais. E que tomam decisões com base apenas nos fatos. Mas, e se eu te disser que, só de estarem com fome, eles condenam mais pessoas?
Uma pesquisa publicada em 2011 nos Estados Unidos mostra isso. Juizes decidiam favoravelmente a liberdades condicionais em 65% dos casos, de início.
Com o tempo, no entanto, esse número ia caindo, até quase zero, perto do horário de almoço. Após a pausa, ele subia muito, saltando de volta aos patamares altos.
A pesquisa revelou que a fome e o cansaço são significativos na tomada de decisão. Mesmo quando você quer tomar uma decisão racional, pode ser sabotado por algo tão simples quanto o vazio do seu estômago!
Isso mostra que somos muito mais do que apenas seres racionais. Somos um complexo emaranhado de racionalidade, emoção, sensação e experiência.
E isso é algo que o Frames de Decisão leva em consideração, ajudando-nos a entender melhor nossas decisões e, finalmente, a nós mesmos.
Mito 2: Nossa Memória é um Registro Preciso da Realidade
Você já teve uma briga com alguém porque ambos lembravam de uma mesma situação de formas completamente diferentes? Bom, aí está o segundo mito!
A memória humana não é como uma câmera que grava os eventos exatamente como eles ocorrem.
Ao contrário, nossas memórias são muito maleáveis e influenciadas por fatores do momento (Contexto) e como nos sentimos no momento (Autoestado).
A melhor forma de pensar em nossa memória não é como um HD, que grava tudo. Ela é mais como um rascunho que fazemos de algumas coisas.
Então, por ser um rascunho, ele não é muito preciso. Quando você precisa da informação, vai pegar o rascunho e meio que recriar a informação.
E, nesse processo de recriar, tudo pode acontecer. Sabe quando você pega uma anotação antiga que fez, mas já não sabe o que é? E, às vezes, entende tudo errado – ou não entende nada? As memórias são assim!
Os Frames de Decisão e a Confiabilidade da Memória
O Frames de Decisão fala que os elementos da memória podem ser recuperados. Neste processo, o que está nela é “ativado” e cai no Contexto de uma tomada de Decisão.
Mas, o que é esse Contexto, no Frames de Decisão? Contexto é tudo aquilo que nos cerca. Isso inclui o ambiente físico, as pessoas com quem estamos, o clima, a nossa saúde, nossos sentimentos e até o nosso humor naquele momento.
Pode até parecer estranho, mas nossas memórias mudam dependendo de como estamos nos sentindo. E isso não é “frescura”, tem estudos que comprovam isso!
Se eu te pedir pra lembrar de uma memória feliz quando você está triste, pode ser que você nem consiga! Agora, se você está feliz, vai ser muito mais fácil.
O Frames de Decisão chama a atenção para essa realidade, mostrando que nossas memórias não são uma representação exata dos eventos. Elas são construídas e reconstruídas constantemente, com base no nosso Contexto e Autoestado.
Por isso, antes de brigar com alguém porque a memória de vocês não bate, lembre-se: nossa mente não é um gravador de eventos. Ela é muito mais complexa (e interessante) que isso!
Mito 3: Temos Controle Total Sobre Nossos Pensamentos e Ações
Quem aí não gosta de se sentir no controle? É bom demais!
Sentir que estamos com as rédeas da situação é algo que nos dá segurança e tranquilidade. Mas, e se eu te contar que essa sensação é, muitas vezes, apenas uma ilusão?
Pois é, não é tão simples assim. Nós humanos temos a tendência de acreditar que temos controle absoluto sobre o que pensamos e fazemos.
Porém, a realidade é que muitas das nossas ações e pensamentos são impulsionados por processos mentais que acontecem nos bastidores da nossa consciência.
Por exemplo, você já chegou em casa dirigindo e se deu conta que não lembra do caminho que fez? Pois é, é disso que estou falando!
Fica bem fácil pensar quando você pensa em questões como decisões impulsivas, vícios e obesidade, por exemplo. Nenhum deles existiria se pudéssemos simplesmente controlar nossos pensamentos e ações.
Frames de Decisão e Nossa Sensação de Controle Total
Agora, vamos trazer o Frames de Decisão para essa conversa.
Segundo o Frames de Decisão, muitas das nossas ações são guiadas por processos mentais automáticos e implícitos. Esses processos são tão sutis que nem sequer percebemos que estão acontecendo.
Além disso, as chamadas “atualizações” também influenciam bastante. Elas são como ajustes que acontecem no nosso contexto mental após cada ação que tomamos.
Ou seja, cada uma de nossas ações e decisões influencia as próximas. Mas, às vezes, só um um pouquinho. E outros fatores acabam tomando conta da situação.
Agora você deve estar se perguntando: “Mas o que eu ganho com isso?”. Bom, entender que não temos controle total sobre nossos pensamentos e ações pode nos ajudar a ser mais gentis com a gente mesmo.
Pode nos ajudar a entender melhor por que fazemos o que fazemos. E, a longo prazo, nos ajuda a tomar melhores decisões.
Então, da próxima vez que você se sentir totalmente no controle, lembre-se: tem muita coisa rolando nos bastidores da sua mente. E, acredite, isso é mais comum e normal do que você imagina.
Com o Frames de Decisão, você pode começar a entender melhor esses processos e usá-los a seu favor.
Mito 4: Somos Mestres de Nossas Emoções
Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que temos que controlar nossas emoções? E quantas vezes você mesmo(a) se cobrou por sentir algo que, na teoria, “não deveria”?
Essa crença de que sempre temos controle sobre como nos sentimos é muito comum. E, acredite, é também muito enganosa.
A verdade é que nossas emoções não são inimigas a serem dominadas, e sim aliadas que nos dão sinais sobre como estamos percebendo e interpretando o mundo ao nosso redor.
Emoções são respostas naturais e autênticas à nossa experiência de vida.
Mas, calma! Isso não significa que você precisa ser escravo(a) de suas emoções. O que quero dizer é que a ideia de que podemos e devemos controlar nossas emoções o tempo todo é, na verdade, um mito.
Você até pode influenciar suas emoções. O segredo é saber quando pode e não. E, claro, a forma correta de fazer isso.
Frames de Decisão e o Mito do Controle Emocional
Vamos ver agora o que o Frames de Decisão tem a dizer sobre isso.
De acordo com o Frames de Decisão, nossa percepção das emoções não é tão simples assim. Na verdade, cada um de nós constrói suas emoções com base em uma variedade de influências.
O Frames de Decisão é baseado em teorias muito recentes da neurociência. Segundo elas, emoções não são respostas universais e inatas. Ou seja: “Ansiedade” é algo que pode variar de pessoa pra pessoa.
Emoções surgem a partir da interação entre nossas experiências passadas, nosso estado físico e mental atual e nosso contexto cultural e social.
Isso significa que nossas emoções não são apenas algo que acontece conosco, mas algo que construímos ativamente, baseados em nossa interpretação do mundo ao nosso redor.
Em outras palavras, nós não somos “vítimas” de nossas emoções. Em vez disso, somos co-criadores delas. Se você sente ansiedade, não é porque ela “cai sobre você”. É, na verdade, porque você, mesmo sem saber, a constrói.
Ao compreender isso, podemos ter uma nova perspectiva sobre como lidar com nossas emoções. Em vez de tentar controlá-las como se fossem inimigas, podemos reconhecê-las como informações valiosas sobre nosso mundo interno e externo.
Portanto, o Frames de Decisão não sugere que devemos controlar nossas emoções, mas que devemos entendê-las e respeitá-las. E isso, meus amigos, pode mudar completamente nossa relação com nós mesmos.
Mito 5: Nossa Personalidade é Fixa
E aí, já ouviu alguém dizer “Ah, eu sou assim mesmo, não posso mudar”? Este é o último mito que vamos desmascarar hoje: a ideia de que nossa personalidade é uma entidade fixa e imutável.
Muitas vezes, tendemos a acreditar que nossa personalidade é algo definido, estático. Algo que se define na infância ou na adolescência e não muda mais. Mas, isso está longe de ser verdade.
Sabe aquela história de que “pau que nasce torto morre torto” (ou “nunca se endireita”, se preferir)? Pois é, a gente não é pau. Somos seres humanos, cheios de complexidade e capazes de mudar e evoluir ao longo da vida.
E, por isso, você pode mudar – e muito – durante a sua vida. Parte pelos acontecimentos. E, parte, por sua própria vontade.
Frames de Decisão e o Mito da Personalidade Fixa
O Frames de Decisão traz uma visão completamente diferente. Segundo ele, nossa personalidade não é uma entidade fixa e imutável, mas sim uma construção dinâmica.
O que isso significa?
Significa que quem nós somos – nossa Personalidade – é influenciada por uma infinidade de fatores. Isso inclui nossos Autoestados e as constantes Atualizações que resultam das nossas experiências de vida.
Pensando assim, nossa personalidade é mais fluida do que imaginamos. Ela é formada e reformada com o passar do tempo, e de acordo com as experiências que vivenciamos.
Não somos seres estáticos, mas sim seres em constante movimento e evolução.
Na realidade, nós mudamos a todo tempo, querendo ou não!
Então, da próxima vez que alguém disser que não pode mudar porque “nasceu assim”, lembre-se de que nós, humanos, somos capazes de mudança. Somos adaptáveis e temos a incrível capacidade de nos transformar.
E aí, gostou de conhecer um pouco mais sobre os mitos da mente? Espero que tenha sido tão fascinante para você quanto é para mim. E lembre-se, estamos apenas arranhando a superfície. O mundo dos Frames de Decisão tem muito mais a oferecer. Então, continue comigo nessa jornada de autoconhecimento!
Por Onde Continuar? Aprofunde-se nos Frames de Decisão
A Neurociência tem avançado numa escala impressionante. E, com isso, tem desafiado muito do que sabemos sobre a mente.
O Frames de Decisão é um reflexo desses estudos e foi feito para ajudar a trazê-los a você, para fazer a diferença na sua vida.
Espero que este artigo tenha despertado sua curiosidade sobre os Frames de Decisão e como eles podem revolucionar sua compreensão de si mesmo. Agora, você pode estar se perguntando: “Ok, e por onde eu começo?”
O primeiro passo é sempre o conhecimento. Por isso, continue acompanhando nossos artigos e materiais. Eles são feitos para te ajudar a desbravar esse novo mundo que é o Frames de Decisão.
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Se você quiser aprofundar seus conhecimentos, temos cursos e workshops que aprofundam ainda mais no Frames de Decisão e como se aplicam a temas como autoconhecimento, comunicação, gestão da ansiedade, criatividade e liderança.
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Assim, você pode aprender como usar o Frames de Decisão no seu dia a dia. E, claro, transformar sua vida.
No final das contas, os Frames de Decisão são uma ferramenta. E, como toda ferramenta, eles são mais úteis quando sabemos como usá-los.
Então, o que está esperando? Venha conosco nessa jornada de autoconhecimento e transformação!
Até a próxima! Estamos juntos!
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